Acre
Criança que contraiu HIV após transfusão de sangue morre em hospital de Rio Branco
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A menina de 4 anos que foi infectada com o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) após uma transfusão de sangue morreu na tarde deste sábado (4). A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), neste domingo (5).
O caso da contaminação foi divulgado em fevereiro deste ano pela Saúde. A menina recebeu uma bolsa de sangue de um doador no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre). A Saúde chegou a divulgar uma nota, na época, para explicar o caso e considerou a situação uma ‘fatalidade’.
Ainda segundo a Saúde, a morte da menina foi em decorrência da leucemia. Ela estava internada há cerca de três dias, no Hospital da Criança, onde fazia quimioterapia.
A Sesacre afirmou que a família recebe apoio e acompanhamento da assistência social do estado. O órgão lamentou a morte da criança.
Menina infectada
A criança foi infectada com o vírus HIV após receber uma transfusão de sangue de um doador no Hemoacre em Rio Branco.
O caso foi divulgado por meio de nota, assinada pelo secretário de Saúde do Acre, Gemil Junior, e pela gerente-geral do Hemoacre, Elba Luiza. Os órgãos de saúde afirmam que o caso é uma “fatalidade” e não divulgaram a data em que ocorreu o episódio.
Conforme a nota, o doador era cadastrado no Hemoacre e fazia doações com frequência. Os órgãos afirmam que em todas as doações o homem passou pelo processo de triagem, que é feito em todos os doadores. Além disso, ele fez exames e entrevistas todas as vezes.
O caso da contaminação é muito raro, de acordo com o hematologista e hemoterapeuta Denis Fujimoto. O especialista afirmou, durante entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição do dia 24 de fevereiro, que o caso no hemocentro do Acre é o terceiro registrado no Brasil desde a descoberta do HIV, em 1986.
No entanto, ele diz que, no período de ao menos 20 dias, existe a possibilidade de a pessoa ter sido infectada e ainda não ter criado anticorpos suficientes para serem detectados no exame. Na descoberta da doença, essa janela era de 45 dias, mas foi reduzida para 20 devido ao avanço tecnológico dos testes.
O hematologista afirmou que o Hemoacre seguiu as exigências determinadas pelo Ministério da Saúde para garantir a segurança das transfusões. Ele explicou que os testes que devem ser feitos no sangue são para detectar o vírus HIV, hepatite, o vírus-T linfotrópico humano (HTLV), sífilis e doença de Chagas.
O Ministério Público do Acre (MP-AC) abriu um inquérito civil para investigar o caso.